Indicador antecedente com grande aderência aos índices de atividade do País, o fluxo de veículos pelas estradas pedagiadas brasileiras cresceu 1% em fevereiro comparativamente a janeiro, registrou o Índice ABCR, calculado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e pela Tendências Consultoria Integrada. Os dados são dessazonalizados.
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Destaque para o fluxo de veículos pesados, que no mesmo período cresceu 2,1%. A circulação de veículos pesados está diretamente ligada ao transporte de produtos industrializados manufaturados e intermediário. O movimento dos leves fechou com alta de 1,4%.
Na comparação com fevereiro do ano passado, o crescimento do fluxo total foi de 1,5%. As passagens dos pesados pelas praças de pedágio em fevereiro deste ano superaram em 1,2% as passagens do mesmo mês do ano passado. A movimentação dos leves cresceu 1,6% .
"Os dados de fevereiro nos mostram certa acomodação, em linha com outros indicadores, como o de confiança, que registrou estabilidade em fevereiro (após sequência negativa de retração). É importante considerar, no entanto, que na avaliação de fevereiro deste ano contra fevereiro de 2015, temos o efeito da greve dos caminhoneiros no ano passado", ressaltou o economista da Tendências Consultoria Integrada Rafael Bacciotti.
O economista pondera que os dados de fevereiro do ano passado registraram forte retração devido ao baixo movimento de caminhões durante a greve, especialmente no Estado do Paraná.
"Por isso, a base de comparação é muito baixa e a alta registrada em fevereiro deste ano deve ser lida com cautela. Ainda é muito cedo para falarmos em reversão de tendência. Tudo nos indica que seja um resultado positivo pontual considerando essa questão da base muito reduzida em fevereiro de 2015", analisa Bacciotti.
Na análise dos últimos doze meses, houve queda de 1,9% no movimento geral, redução de 5,1% no fluxo de pesados e de 0,9% no de leves. No acumulado do ano foi registrada queda de 2,1% no Índice Geral, de 4,6% no de pesados e de 1,4% no movimento de veículos leves.
"A avaliação dos últimos doze meses é especialmente importante porque nos mostra a tendência das séries, permitindo, inclusive, registrar que o Índice ABCR está em linha com outros indicadores, como renda, PIB e produção industrial", concluiu Bacciotti.