Onze operários já morreram em obras realizadas no município do Rio de Janeiro para a Olimpíada, informa a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro, do Ministério do Trabalho. De janeiro de 2013 a março deste ano, o órgão responsável pela fiscalização da segurança do trabalho realizou 260 ações em obras que classificou como "olímpicas". Foram emitidos 1.675 autos de infração. Em 39 ocasiões, as construções foram embargadas.
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Atualmente nenhuma obra ligada à Olimpíada está embargada, afirmou Robson Leite, superintendente regional do Trabalho no Rio. Segundo ele, a construção da Linha 4 do metrô causou o maior número de mortes: três. Leite disse que dois operários morreram em obras do Parque Olímpico da Barra e dois na Transolímpica, via expressa para ônibus na zona oeste.
Outras mortes ocorreram na construção do Museu do Amanhã (1), Museu da Imagem e do Som (1), extensão do Elevado do Joá (1) e em obras da Supervia (1). "Nossa preocupação é que, nessa reta final de obras, a cobrança e a pressão devem aumentar, elevando o risco de acidentes", disse o superintendente.
OUTRO LADO - Em nota, a Prefeitura do Rio lamentou as mortes e anunciou sempre exigir das empresas responsáveis por obras municipais "o cumprimento das normas de segurança". Alegou ainda que "vários projetos (da lista apresentada pela superintendência) não têm qualquer relação com os Jogos Olímpicos, como o Museu da Imagem do Som e a Supervia".
O consórcio responsável pela obra do metrô divulgou que "a Linha 4 mantém rigorosos procedimentos de segurança para garantir os cuidados aos atuais 7.000 colaboradores. Em todos os canteiros de obra há técnicos de segurança do trabalho acompanhando as obras".