Muitos advogados no Paquistão decidiram nesta terça-feira (9) não participar de audiências para protestar contra o atentado suicida que matou na véspera ao menos 70 pessoas, entre elas muitos colegas de profissão, no sudoeste do país.
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O ataque foi contra o hospital civil de Quetta (sudoeste), onde 200 pessoas, a maioria jornalistas e advogados, se reuniam em sinal de luto pelo assassinato poucas horas antes de um famoso advogado da região.
"Os advogados de todo o país boicotarão nesta terça-feira os processos judiciais como protesto após a morte de advogados em Quetta ontem", indicou em um comunicado o Conselho de Advogados do Paquistão.
As escolas do Baluchistão, província instável cuja capital é Quetta, seguirão fechadas nesta terça-feira, informou o porta-voz do executivo provincial, Anwar-ul-Haq Kakar.
Entre as 112 pessoas feridas, 27 seguiam em estado crítico e foram transferidas pelo ar a Karachi, onde se encontram agora "fora de perigo", segundo um porta-voz do hospital Aga Khan.
O atentado foi reivindicado na noite de segunda-feira por uma facção talibã, Jammat-ul-Ahrar (JuA), e depois pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).