A mineradora Samarco foi multada em mais R$ 1 milhão pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo o auto de infração do Ibama, a multa foi decorrente da omissão no Plano de Monitoramento e Qualidade do Ar da empresa de informações sobre a existência de um depósito temporário de rejeitos em Barra Longa (MG).
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Desde o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em novembro do ano passado, a Samarco já recebeu sete multas, totalizando R$ 292,8 milhões. Essa última multa é do dia 20 de agosto. De acordo com o auto de infração, a empresa, quando questionada pelo Ibama sobre medidas eficientes e eficazes na contenção e dispersão de rejeitos na localidade, teria afirmado oficialmente não ter áreas na região da cidade de Barra Longa classificada como depósito temporário. No entanto, segundo o Ibama, existem 35 mil metros cúbicos de rejeitos depositados no Parque de Exposição.
Outro lado
A Samarco confirmou o recebimento do auto de infração e disse que analisa as medidas que serão adotadas. Por meio de nota, a empresa esclareceu que a "deposição de material no parque de exposições de Barra Longa foi uma das soluções encontradas, em novembro do ano passado, para restabelecimento dos acessos urbanos e limpeza da cidade". Ainda segundo a Samarco, a solução foi utilizada até que fosse identificada uma área para deposição definitiva, já autorizada pelos órgãos ambientais e que, atualmente, já é utilizada.
"A utilização do parque de exposições foi autorizada pela Prefeitura de Barra Longa e era de conhecimento dos órgãos ambientais que, inclusive, já vistoriaram o local", diz a Samarco em nota. De acordo com a empresa, tem sido realizado o controle para que o local gere o mínimo de impacto para a comunidade e para o meio ambiente e já foi concluído um projeto inicial para a construção de uma nova infraestrutura no parque de exposições com reconstrução do campo de futebol e demais estruturas.