Com quase 13 mil alunos e mais de um século de fundação, o colégio público Pedro II, no Rio de Janeiro, decidiu que os alunos não mais deverão utilizar as fardas conforme os seus gêneros. A medida foi consolidada por meio da Portaria nº 2.449/2016, que trata das Normas e Procedimentos Discentes, e atende aos parâmetros da Resolução nº 12 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT).
Leia Também
- Juiz do Texas suspende autorização para transgêneros usarem qualquer banheiro
- EUA: na busca por recursos, democratas encontram doadores mais generosos
- Documentário, discussão sobre gênero e pop rock na programação cultural desta terça-feira (16)
- Com apenas 12% de vereadoras, país avançou pouco na equidade de gênero
- Macri lança plano contra violência de gênero na Argentina
“A novidade é que não se determina o que é uniforme masculino e o que é uniforme feminino, apenas são descritas as opções de uniforme do Colégio Pedro II. Propositalmente, deixa-se à critério da identidade de gênero de cada um a escolha do uniforme que lhe couber", garante o reitor da instituição Oscar Halac em publicação oficial. O fardamento do colégio Pedro II é composto por saias, shorts e calças.
A instituição decidiu pela 'liberação' dos uniformes após uma série de reivindicações dos alunos ao longo de dois anos. Um 'saiato' contra comentários machistas de alunos de outra instituição foi feito por alguns estudantes do campus do bairro da Tijuca em junho.
Pedro II
O Colégio Pedro II conta com 14 campi, sendo 12 no município do Rio de Janeiro, um em Niterói e um em Duque de Caxias, e uma unidade de educação infantil somando quase 13 mil alunos ao total.