SÃO PAULO

Artistas se manifestam contra ação da polícia em escola do MST

Escola Nacional Florestan Fernandes, em São Paulo, foi palco de tiroteio e prisão de duas pessoas

JC Online
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Publicado em 04/11/2016 às 13:30
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Escola Nacional Florestan Fernandes, em São Paulo, foi palco de tiroteio e prisão de duas pessoas - FOTO: Foto: Reprodução
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A Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, São Paulo, foi palco de uma 'ação violenta' da polícia na manhã desta sexta-feira (4). De acordo com informações repassadas pela coordenadora da escola do Movimento Sem Terra (MST), policiais armados foram cumprir um mandado de prisão contra uma pessoa que não era da escola. Artistas e políticos recriminaram a ação nas redes sociais.

 

 

Ainda segundo a coordenadora, os funcionários da ENFF teriam impedido a entrada da polícia justamente pelo fato do mandado de prisão não ser direcionado a ninguém que estivesse na unidade educacional. Após uma confusão, os policiais entraram na escola pela janela da recepção e efetuaram disparos contra o chão dentro da Florestan Fernandes. Dois funcionários foram presos por desacato.

 

Indignação

Nas redes sociais, artistas e políticos repreenderam a ação da polícia. O ator Wagner Moura gravou um vídeo afirmando que o Brasil vive um estado 'de exceção e policialesco', condenando a ação contra a escola do MST. O cantor Lirinha e políticios de partidos da oposição ao governo também repudiaram a 'invasão' à escola.

Escola Nacional Florestan Fernandes

Mais de 1.000 pessoas, entre homens e mulheres, organizadas em 25 brigadas de trabalhadores voluntários de 112 assentamentos e 230 acampamentos de diversos estados brasileiros construíram a ENFF. A escola é resultado "da ideia, da força, do trabalho voluntário, da persistência e solidariedade de diversos atores sociais que acreditam numa educação e formação de qualidade e que lutam para romper com as cercas da ignorância, do latifúndio e do capital”, segundo o MST. Ano passado, a escola completou 10 anos de atuação. 

Operação Contra o MST

Também nesta sexta-feira, a Polícia Civil do Paraná faz uma operação contra integrantes do MST suspeitos de participar de uma organização criminosa investigada por furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado e porte de arma ilegal, entre outros crimes. De acordo com a polícia eles mantinha uma espécie de milícia privada.


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