PESQUISA

Fruto amazônico pode ajudar no tratamento de leishmaniose

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia estão testando um creme fitoterápico à base do fruto amazônico jucá

JC Online e Estadão Conteúdo
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JC Online e Estadão Conteúdo
Publicado em 03/01/2018 às 21:07
Foto: Luciete Pedosa/Ascom Inpa
Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia estão testando um creme fitoterápico à base do fruto amazônico jucá - FOTO: Foto: Luciete Pedosa/Ascom Inpa
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Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) estão analisando a possibilidade de um creme fitoterápico à base do fruto amazônico jucá (Libidibia ferrea) poder ajudar no tratamento contra a leishmaniose do tipo tegumentar (LT). O fruto é frequentemente usado como remédio caseiro pelas populações ribeirinhas da região amazônica. As informações são da BBC Brasil. 

De acordo com os pesquisadores, roedores tratados com o creme tiveram 25% de crescimento de lesões relacionadas à doença leishmaniose, em comparação ao aumento de 300% dos animais que não receberam tratamento.

O objetivo dos pesquisadores é que o creme possa ser associado à medicação recomendada pelo Ministério da Saúde, o glucantime.

O que é leishmaniose?

A leishmaniose é uma doença causada por protozoário parasita e é contraída por picadas de insetos. Há três tipos de variações: cutânea, monocutânea e visceral. E cada uma delas pode desencadear diferentes sintomas, como úlceras dérmicas ou na pele, febre e diarreia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 350 milhões de pessoas estejam expostas ao risco da leishmaniose em todo o  mundo. Embora a infecção esteja controlada no Brasil, estima-se que aproximadamente 3 mil pessoas são contaminadas anualmente.

Ex-atleta contraiu doença

Nesta quarta-feira (3), a ex-atleta Maurren Maggi usou seu Instagram para noticiar que teve o diagnóstico de leishmaniose confirmado. Ela contraiu a doença durante a participação do reality show Exhatlon Brasil, da Band, que foi gravado na República Dominicana.

"Eu não sabia que ia dar a repercussão por conta da leishmaniose A gente não sabe ainda como é. Eu ainda estou com dor na perna, tomando um antibiótico forte, semana que vem farei mais um monte de exames e também vou fazer biópsia. Agora estou descansando", disse a ex-atleta, Campeã olímpica de salto em distância em Pequim.

Os testes iniciais com o creme, em roedores, foram animadores. Segundo os pesquisadores, os animais tratados com o preparado à base do jucá tiveram 25% de crescimento de lesões relacionadas à doença, em comparação ao aumento de 300% dos animais que não receberam nenhum tratamento.

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