RECONSTRUÇÃO

Tragédia de Mariana: área atingida por rompimento de barragem será reconstruída

A Prefeitura de Mariana emitiu documentos que autorizam início das obras em Bento Rodrigues, atingido pelo vazamento da barragem de Fundão

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Publicado em 02/08/2018 às 16:45
Foto: Reprodução/Antônio Cruz/Agência Brasil
A Prefeitura de Mariana emitiu documentos que autorizam início das obras em Bento Rodrigues, atingido pelo vazamento da barragem de Fundão - FOTO: Foto: Reprodução/Antônio Cruz/Agência Brasil
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A prefeitura de Mariana, em Minas Gerais, emitiu os documentos que liberam o início das obras de reconstrução do subdistrito de Bento Rodrigues, atingido pelo vazamento da barragem de Fundão, em novembro de 2015. O rompimento da barragem, de propriedade da mineradora Samarco, provocou o deslizamento de um grande volume de rejeitos que destruíram várias construções, deixaram 19 mortos e 225 famílias sem moradia.

O alvará foi assinado quarta-feira (1) pelo prefeito da cidade e autoriza a Fundação Renova, criada para gerir o processo de reparação e compensação socioeconômica e ambiental pelos danos causados pelo rompimento da barragem, a iniciar as intervenções no terreno da Lavoura, área escolhida pela comunidade atingida para o reassentamento.

Segundo a Fundação Renova, a reconstrução começará pela supressão vegetal e terraplanagem do terreno. Para os processos seguintes, que incluem as obras de infraestrutura, pavimentação, drenagem, redes de esgoto, distribuição de água e de energia, além da construção das residências e equipamentos públicos, será necessária nova autorização do governo local.

Previsão de 2 anos 

A entidade estima que as obras ocorram em até 2 anos e, nesse período, cerca de 2 mil empregos possam ser gerados. O processo está sendo supervisionado pelo Ministério Público e pelos atingidos. Cada família que será reassentada está participando da elaboração do projeto arquitetônico das casas a serem reconstruídas.

A reconstrução de Bento Rodrigues também seguirá diretrizes elaboradas com a comunidade e leva em consideração as relações de vizinhança dos atingidos, a memória patrimonial e cultural da cidade e as especificidades do novo terreno.

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