Voltaram a trabalhar normalmente oito dos 12 policiais militares (PMs) afastados após participarem da operação em que 14 pessoas morreram em tentativa de assalto a dois bancos em Milagres, no Ceará, na madrugada do dia 7 de dezembro do ano passado. Entre os mortos estavam seis reféns. "O grupo de trabalho concluiu que eles não atuaram diretamente no confronto com suspeitos, que resultou na morte de reféns", informou ontem, em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Todos os PMs afastados são do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Passados 45 dias da ocorrência, a comissão montada pela SSPDS para investigar o caso ainda não concluiu o inquérito. O POVO apurou com fontes ligadas à investigação que a Polícia Civil solicitou a prorrogação do prazo para término dos trabalhos.
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Oito suspeitos de participação na quadrilha que tentou assaltar os bancos foram presos. Quatro pedidos de liberdade provisória foram recebidos pela Justiça no dia 14 de janeiro. O caso transcorre em segredo de Justiça.
Pernambucanos mortos
Entre os reféns mortos estavam cinco pessoas de uma mesma família, que ia do aeroporto de Juazeiro do Norte a Serra Talhada (PE): João Batista Campos Magalhães, 49; Vinícius de Souza Magalhães, 14; Claudineide Campos de Souza Santos, 41; Cícero Tenório dos Santos, 60; e Gustavo Tenório dos Santos, 13. A sexta vítima foi Francisca Edneide da Cruz Santos, 49, que seguia do aeroporto para a casa da família, em Brejo Santo.