O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou boletim no final do dia (26) confirmando a morte de 34 pessoas por causa do rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Ainda segundo os bombeiros, 23 pessoas foram encaminhadas aos hospitais e 81 estão desabrigadas. Segundo o órgão, outra atualização com o número de mortos será dada às 10h do próximo domingo (27).
Vítimas identificadas
Nesta tarde, o governo de Minas Gerais confirmou a identificação da primeira vítima do rompimento da barragem. Trata-se da médica Marcelle Cangussu, de 35 anos, que trabalhava na companhia. Os nomes de outras sete vítimas foram divulgados na noite deste sábado. A lista completa de identificados:
Marcelle Porto Cangussu
Jonatas Lima Nascimento
Carlos Roberto Deusdedit
Leonardo Alves Diniz
Fabricio Henriques
Robson Máximo Gonçalves
Willian Jorge Felizardo Alves
Eliandro Batista de Passos
Entre os nomes divulgados, três constam da relação de funcionários da Vale considerados desaparecidos: Jonatas Lima Nascimento, Carlos Roberto Deusdedit e Willian Jorge Felizardo Alves. Outros dois nomes apresentam grafia semelhante a dois funcionários que aparecem na listagem da Vale: Fabricio Henriques da Silva e Elindro Batista de Passos.
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Alerta
A Defesa Civil de Belo Horizonte divulgou alerta para o aumento da intensidade das chuvas na região, recomendando atenção redobrada. Mais cedo, autoridades locais que coordenam as equipes de busca e resgate alertaram que as chuvas poderiam complicar a busca por sobreviventes.
Os bombeiros buscam por sobreviventes em quatro locais: um ônibus e uma locomotiva já localizados, um prédio próximo ao restaurante da Vale e também a comunidade Parque das Cachoeiras. Quatorze aeronaves fazem o trabalho de busca e resgate de vítimas, incluindo helicópteros da Polícia Militar e da Polícia Civil de Minas Gerais e da Força Aérea Brasileira, além de uma aeronave cedida pelo estado do Rio de Janeiro.
O rompimento da barragem B1 ocorreu no início da tarde de ontem (25), na Mina Córrego do Feijão. A quantidade de rejeito acumulado na estrutura fez com que uma outra barragem transbordasse. A lama atingiu uma área administrativa da companhia e parte da comunidade de Vila Ferteco. A barragem estava há mais de três anos inativa, sem receber resíduos. A última auditoria não apontou nenhuma irregularidade, segundo a mineradora. A Vale ainda não informou o que motivou o rompimento.