O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro negou nesta sexta-feira (8) pedido de prisão domiciliar do médium João de Deus, preso em 16 de dezembro do ano passado sob a acusação de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável, crimes que teriam sido praticados contra centenas de mulheres na instituição em que atendia pessoas em busca de atendimento espiritual, em Abadiânia (GO). As informações são da Agência Brasil.
No pedido de habeas corpus, a defesa do médium alegou que João de Deus não tem condições de permanecer no presídio por ter 77 anos, sofrer de doença coronariana e vascular, além de ter sido operado recentemente de um câncer no estômago.
A defesa também sustentou que o médium não chegou a sacar aplicações financeiras, mas somente fez um pedido, que não chegou a ser preenchido ou assinado. Este foi um dos motivos usados pelo Ministério Público para justificar a prisão por risco de fuga.
Movimentação financeira
Ao negar o pedido de liberdade, o ministro entendeu que a prisão se justifica porque os valores foram movimentados por uma terceira pessoa ligada ao médium.
Cordeiro também afirmou que há relatos de ameaças a testemunhas e que a Justiça de Goiás informou que tem como garantir o atendimento médico ao médium.
Leia Também
- Mulher que denunciou João de Deus e o Prem Baba comete suicídio
- Filho de João de Deus é preso suspeito de tentar comprar testemunha com pedras preciosas
- Ministério Público de Goiás faz novas denúncias contra João de Deus
- Promotores interrogam João de Deus e preparam terceira denúncia
- Justiça de Goiás aceita mais uma denúncia contra João de Deus