AGRESSÃO CONTRA MULHER

Polícia investiga se espancamento de mulher no Rio foi premeditado

A delegada responsável pelo caso destaca que Vinicius Serra mentiu sobre o seu nome na portaria do prédio de Eliane Perez, vítima da agressão que durou quatro horas

JC Online
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Publicado em 19/02/2019 às 10:36
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A delegada responsável pelo caso destaca que Vinicius Serra mentiu sobre o seu nome na portaria do prédio de Eliane Perez, vítima da agressão que durou quatro horas - FOTO: Foto: Reprodução/TV Globo
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a hipótese de que Vinicius Batista Serra, de 27 anos, tenha premeditado as agressões sofridas por Eliane Perez Carrapoz, de 55 anos, que foi espancada por cerca de quatro horas pelo lutador de jiu-jitsu. Os dois conversavam há oito meses através das redes sociais e tiveram seu primeiro encontro na última sexta (12), no apartamento da empresária, onde ocorreu a agressão.

Segundo informações do G1, na sua versão apresentada aos policiais, Vinicius afirmou que tomou vinho, dormiu ao lado de Eliane e acordou em surto. A explicação, no entanto, não convenceu a delegada responsável pelo caso, pois ele havia dado um nome falso na portaria ao entrar no condomínio pela primeira vez. “Por que ele entrou utilizando o nome de Felipe já que o nome dele é Vinícius?”, destacou a delegada Adriana Belém.

Na noite em que a empresária foi espancada, os vizinhos escutaram os gritos e alertaram a segurança do prédio. Um dos seguranças disse, em depoimento à polícia, que bateu na porta do apartamento várias vezes, e ouviu o suspeito gritar: "Se quiser, arrebente a porta!".

Preso em flagrante, Vinicius responde por tentativa de feminícidio e pode permanecer preso até o julgamento. Na última segunda (18), sua prisão foi convertida de temporária para preventiva.

Abalo emocional

Eliane, que está internada em um hospital particular, estaria sentindo um sentimento de culpa por ter marcado o primeiro encontro em sua casa. “Psicologicamente, ela ainda está desconexa. Em algum momento, ela começa a querer saber se foi culpa dela, se não foi, uma coisa natural dela”, explicou Rogério Perez, irmão da vítima, de acordo com o G1.

Histórico

A Polícia Civil identificou um outro registro de agressão envolvendo o suspeito de espancamento. A queixa teria sido prestada pelo próprio pai, em 2016, após acordar de madrugada ouvindo gritos vindo do quarto dos filhos. Ao entrar no local, afirmou ter visto Vínicius agredindo seu irmão, deficiente físico, com golpes de jiu-jitsu.

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