Os dois suspeitos pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foram transferidos da Delegacia de Homicídios (DH) para o Complexo Prisional de Bangu. A transferência ocorreu no final da tarde desta sexta-feira (15), após eles se negarem a prestar depoimentos à Polícia Civil, resguardando o direito constitucional de só falar em juízo.
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Após uma passagem por Bangu, eles serão transferidos para um presídio federal, que ainda não foi definido.
"Foi [um ato] pró-forma aqui na delegacia e nós entendemos desnecessário, porque já existe denúncia. A gente não entendeu por que ele depor em sede de inquérito policial, uma vez que é um procedimento administrativo que busca indícios de autoria. Diante do fato das defesas técnicas não terem tido acesso ao inteiro teor do que consta no processo, eu orientei meu cliente a exercer o seu direito de permanecer calado e só falar em juízo", disse o advogado Henrique Telles, que defende o ex-policial militar Élcio Queiroz.
Ele sustentou a inocência do ex-PM, que estaria dirigindo o carro de onde partiram os tiros, e disse ser totalmente contra a transferência para um presídio federal fora do Rio.
O advogado descartou ainda a possibilidade de Élcio fazer uma delação premiada, como sugeriu o governador do Rio, Wilson Witzel.
"Absolutamente. Só faz delação premiada quem tem culpa, quem busca algum benefício. O meu cliente não faz delação premiada. Faz afirmação fundamentada, de que é inocente", declarou.
O outro suspeito é o ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado de ter disparado os tiros.