A Agência Nacional de Mineração (ANM) proibiu as operações em 56 barragens de rejeitos de minério com problemas de estabilidade ou cujos responsáveis não forneceram os documentos necessários que certificam sua segurança, dois meses depois da tragédia de Brumadinho.
Entre as barragens afetadas pela decisão, tomada na segunda-feira à noite e que a agência governamental enviou nesta terça à AFP, 22 permanecem ativas.
As outras 34 já tinham sido declaradas fora de serviço pelas próprias empresas, mas a decisão da ANM lhes impede igualmente de voltar a armazenar rejeitos de minério.
Em 17 casos, os certificados apresentados pelas companhias mineiras não provavam condições de segurança suficientes para sua operação, enquanto nas outras 39 barragens afetadas não se apresentou nenhum documento.
Tragédia
Das 56 barragens declaradas fora de serviço pela ANM, 19 pertencem à mineradora Vale, responsável pela barragem cujo rompimento deixou mais de 300 mortos e desaparecidos em Brumadinho no último 25 de janeiro.
Pouco depois da tragédia, a Vale anunciou que desmantelaria, em dez de suas instalações no Brasil, estruturas similares à barragem que rompeu em Brumadinho, uma medida que reduzirá durante três anos em 40 milhões de toneladas a produção anual de minério de ferro do grupo, 10% de sua produção total.
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