Crimes

Presídios de Manaus tem mais 42 detentos mortos

As mortes ocorreram um dia após o assassinato de 15 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim

Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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Publicado em 27/05/2019 às 20:00
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As mortes ocorreram um dia após o assassinato de 15 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim - FOTO: Foto: Reprodução / Street View
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O governo do Amazonas confirmou que mais 42 presos foram encontrados mortos em celas de três presídios do Estado nesta segunda-feira (27). As mortes ocorrem um dia depois que 15 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, foram assassinados. Por causa do massacre, o governo Jair Bolsonaro decidiu enviar um reforço de segurança ao Amazonas. O governo não detalhou quantos agentes federais enviará para o Estado.

As mortes, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), ocorreram por enforcamento no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM I), em Manaus.

Agentes do Grupo de Intervenção Prisional (GIP) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar fazem nesta segunda revista e a recontagem dos presos. Um inquérito será aberto para investigar os homicídios.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, em nota, que o envio da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária ocorre a pedido do governo do Estado. A solicitação não foi ainda formalizada, mas, segundo a pasta, o Departamento Penitenciário Nacional "já está tomando as providências para o deslocamento da equipe"

Compaj

As mortes ocorrem um dia depois que 15 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, foram assassinados. No Compaj, ataques com escovas de dentes e 'mata-leão' causaram as mortes. A chacina ocorreu em horário de visita de familiares, o que segundo o secretário de Administração Penitenciária do Amazonas, Marcus Vinícius de Almeida, foi o descumprimento de uma regra entre os criminosos. "Foi a primeira vez no Amazonas".

Em janeiro de 2017, uma rebelião comandada pela facção Família do Norte levou a um massacre de 56 detentos no Compaj. Desde então, a Força Nacional de Segurança Pública atua no policiamento externo dos presídios.

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