ALTAMIRA

Rebelião em presídio no Pará deixa mais de 50 detentos mortos

Motim teve início durante a manhã e no início da tarde estava encerrado

Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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Publicado em 29/07/2019 às 13:21
BRUNO SANTOS / AFP
Motim teve início durante a manhã e no início da tarde estava encerrado - FOTO: BRUNO SANTOS / AFP
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Atualizada às 21h57

A rebelião que ocorreu na manhã desta segunda-feira (29) no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, deixou ao menos 57 detentos mortos. De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), dois agentes prisionais foram feitos reféns e depois liberados. No início da tarde, o motim estava encerrado.

A Susipe informou que a rebelião foi motivada por uma briga entre facções rivais e teve início por volta das 7h, quando detentos do bloco A, onde estão custodiados presos de uma organização criminosa, invadiram o anexo onde estão internos de outro grupo.

O Grupo Tático Operacional da Polícia Militar foi ao local. A Polícia Civil, a Promotoria e o Juizado de Altamira também estiveram na unidade participando das negociações para a liberação dos reféns.

Transferência

Serão transferidos 10 líderes de facções para presídios federais e mais 46 detentos transferidos para outras prisões do estado. Foram disponibilizados atendimento médico e psicológico para os familiares dos presos que passaram o dia todo na entrada do presídio.

Há quase um ano 

Em setembro de 2018, sete detentos morreram e outros três ficaram feridos em uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira. Durante o motim, um grupo de 16 presos tentou fugir da unidade, sem sucesso. Ao todo, 120 presos participaram do motim.

Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), na ocasião, detentos da cela 3, do bloco A, tentaram fugir do presídio pela janela de ventilação do local. Os agentes prisionais de plantão flagraram a movimentação pelas câmeras de segurança e acionaram a Polícia Militar, que impediu a saída.

Os presos, então, correram em direção ao bloco do semiaberto e atearam fogo na sala do gerador de energia e no galpão de alojamento. No motim, parte das celas e das grades da unidade, além da enfermaria e da secretaria, foram depredadas. 

"Os detentos reivindicaram celeridade na análise dos processos penais pela Justiça", afirmou a superintendência, em nota. "Uma recontagem e revista é realizada na unidade prisional com o apoio de policiais da Companhia de Operações Especiais (COE) da PM que se deslocaram de Belém até Altamira."

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