A Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, braço do Ministério Público Federal, por meio de seus procuradores da República no Amapá, instaurou investigação para apurar a morte do indígena Emyra Wajãpi e a invasão da Terra Indígena Waiãpi, "por garimpeiros armados".
Leia Também
- Assassinato do cacique 'será devida e completamente' apurado pela PF, diz Moro
- Índios denunciam invasão de garimpeiros e morte de cacique no Amapá
- PF não vê indícios de invasão em terra indígena, diz Ministério Público
- ONU condena assassinato de chefe indígena no Brasil
- PF investiga morte de líder indígena e invasão de aldeia no Amapá
- 'Quem demarca terra indígena sou eu, quem manda sou eu', diz Bolsonaro
A informação, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República, consta em nota pública divulgada nesta terça-feira, 30, pela Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal.
Cacique Emyra Wajãpi, de 68 anos, foi morto a facadas.
O coordenador da Câmara, subprocurador-geral da República Antônio Carlos Bigonha, ressalta que o colegiado está "atento à manutenção da integridade física da Terra Indígena Waiãpi".
No Amapá, atuam no caso os procuradores Rodolfo Lopes e Joaquim Cabral, no âmbito cível e criminal.
Polícia Federal
O Ministério Público Federal (MPF) no Amapá afirmou nesta segunda-feira, 29, que a Polícia Federal (PF) não achou vestígios de que a Terra Indígena Waiãpi, no oeste do Amapá, tenha sido invadida por garimpeiros. No final de semana, dois funcionários do governo do Amapá e outras duas lideranças indígenas afirmaram ao Estado que o cacique Emyra Waiãpi foi morto com sinais de facadas. Políticos locais atribuíram a morte à invasão de garimpeiros.