O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (27) ao encerrar a reunião com governadores da região Amazônica, que há uma pressão internacional para demarcação de terras indígenas e quilombolas no Brasil. "Se eu demarcar agora, pode ter certeza que o fogo acaba em cinco minutos", disse. O presidente, no entanto, não apresentou provas da suposta influência estrangeira nos incêndios.
Bolsonaro afirmou que a destinação de terras para estes fins e também a criação de parques nacionais está levando o País à "insolvência" e que os recursos do Fundo Amazônia "têm um preço"
O presidente contou que a "indústria da demarcação de terras" ocorreu logo após o governo Sarney, na década de 90, e citou como principal ação da época o estabelecimento das terras dos ianomâmis pelo governo Collor. Elas ocupam hoje áreas do Amazonas e de Roraima.
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"É um absurdo o que falam a nosso respeito. Até porque o Amazonas é o Estado que tem menos focos de incêndio, até pela umidade, condições climáticas. Tem mais em outros Estados onde o agronegócio e a pecuária chegou sem transgredir. Perguntei ontem para quem trata desse assunto aqui que uma fogueira de São João é detectada pelo satélite como foco de incêndio" disse, para, na sequência, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, explicar que os satélites identificam as fogueiras como foco de calor. "Isso, foco de calor. Então até isso usam. O que fazem não é contra eu (sic), é contra o Brasil", disse.
Governadores
Bolsonaro determinou ainda que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, converse com os nove governadores da região para formatar o pacote de medidas apresentado pelos gestores locais e, posteriormente, enviar as medidas ao Congresso.