O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou nesta quinta-feira, 19, o plano de criar um fundo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a Amazônia. Não há detalhes sobre países ou entidades doadoras, recebedoras, valor ou prazo para início da vigência do fundo. Salles afirmou, após reunião com o presidente do banco, Luis Alberto Moreno, em Washington, que será um "mecanismo importante para avançar na bioeconomia, pagamento por serviços ambientais".
"Essa estruturação ainda estamos montando, mas é um fundo que contempla países e setor privado tanto na ponta de doação quanto no recebimento dos investimentos, para pesquisa, desenvolvimento de atividades. Tende a ser um instrumento consistente para finalmente desenvolver essa oportunidade da bioeconomia na Amazônia."
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Salles disse que os valores serão "bastante significativos", mas que ainda não há cifras. Dentro do BID, havia a discussão sobre a possibilidade de utilizar verba já existente para o apoio à região, mas a opção feita foi pela criação de novo fundo.
Fundo Amazônia
Enquanto o ministro faz negociações durante agenda nos Estados Unidos, o Fundo Amazônia, com doações de Noruega e Alemanha, está paralisado. O governo tenta rever mecanismos de gestão do fundo que conta com a verba dos europeus.
Em Washington, Salles se reuniu com investidores e concedeu entrevistas a veículos de imprensa estrangeiros, na tentativa de acalmar os ânimos sobre a situação das queimadas na Amazônia. Ele pretende discursar na Cúpula do Clima da ONU, na próxima semana, se a organização do evento permitir. O Brasil ficou de fora da lista de oradores do encontro, que acontecerá em Nova York. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.