Um grupo de apoiadores de Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, invadiu a embaixada do País em Brasília na manhã desta quarta-feira (13). Segundo testemunhas, cerca de 20 pessoas pularam o muro e ocuparam o prédio. A Polícia Militar chegou a ser acionada, mas não pôde atuar, visto que se trata de território estrangeiro. As informações são da colunista Mônica Bérgamo, da Folha de São Paulo.
"Companheiros, informo que pessoas estranhas às nossas instalações estão entrando [na embaixada], estão violentando o território venezuelano. Necessitamos de ajuda e uma ativação imediata de todos os movimentos sociais e partidos políticos", declarou Freddy Meregote, encarregado de negócios da Venezuela no Brasil, em áudios para parlamentares e lideranças de movimentos sociais.
Ele ainda afirmou que os funcionários da embaixada reconhecem Nicolás Maduro como presidente legítimo e que famílias com crianças chegaram a ser "assediadas" pelos manifestantes. Deputados liderados pelo petista Paulo Pimenta (PT-RS) tentam retirar o grupo de invasores de dentro da embaixada.
A Venezuela não tinha embaixador no Brasil desde 2016, quando ocorreu o impeachment de Dilma Rousseff. Nicolás Maduro chamou de volta o representante que estava no cargo até então como forma de protesto contra a saída da ex-presidente. Jair Bolsonaro reconheceu Juan Guaidó como presidente da Venezuela.
A embaixadora María Teresa Belandria não está no Brasil. Segundo comunicado dela, um grupo de funcionários decidiu abrir as postas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente, bem como reconhecer Guaidó como legítimo presidente.