Em entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira (20), o ex-ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, defendeu, após a fuga de dezenas de integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai, a criação de uma autoridade de segurança integrada pelos países da América do Sul. "Não se combate apenas em um país", disse.
A mesma ideia já havia sido defendida por Jungmann em 2017, quando estava no cargo, no governo Michel Temer (MDB).
No último domingo (19), 76 presos ligados ao PCC fugiram da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, nas proximidades da fronteira com o Brasil. Um túnel foi encontrado no local, mas o governo acredita que parte dos criminosos tenha escapado pela porta da frente, com a cumplicidade de funcionários do presídio.
Moro manda recado
Após a fuga, o sucessor de Jungmann, Sergio Moro, afirmou no Twitter que a pasta está "trabalhando junto com as forças estaduais para impedir a reentrada no Brasil dos criminosos que fugiram de prisão do Paraguai".
"Se voltarem ao Brasil, ganham passagem só de ida para presídio federal", disse Moro na rede social.
Estamos trabalhando junto com as forças estaduais para impedir a reentrada no Brasil dos criminosos que fugiram de prisão do Paraguai. Se voltarem ao Brasil, ganham passagem só de ida para presídio federal. https://t.co/sTVZyCdGFq
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 19, 2020