Meio ambiente

Mourão vai coordenar Conselho da Amazônia criado por Bolsonaro

Jair Bolsonaro criou nesta terça-feira (21) o Conselho da Amazônia

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Publicado em 21/01/2020 às 20:44
Foto: Felipe Ribeiro
Jair Bolsonaro criou nesta terça-feira (21) o Conselho da Amazônia - FOTO: Foto: Felipe Ribeiro
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BRASÍLIA - Questionado com frequência por sua política ambiental, o presidente Jair Bolsonaro criou nesta terça-feira (21) o Conselho da Amazônia, com função de coordenar as ações de proteção e desenvolvimento sustentável na região devastada este ano por incêndios florestais.

"Determinei a criação do Conselho da Amazônia, a ser coordenado pelo vice presidente @GeneralMourao, utilizando sua própria estrutura, e que terá por objetivo coordenar as diversas ações em cada ministério voltadas p/ a proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da Amazônia", escreveu Bolsonaro em seu Twitter.

O presidente, que desde a sua chegada ao poder há um ano enfraqueceu os órgãos tradicionais de combate ao desmatamento, anunciou também a criação de uma Força Nacional Ambiental com foco na "proteção do meio ambiente na Amazônia", sem entrar em detalhes.

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Pelo Twitter, Mourão agradeceu ao presidente pela função anunciada. "A selva nos une e a Amazônia nos pertence!", escreveu.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o presidente determinou "para que haja um efetivo grande de combate aos desmatamento ilegal e às ações ilegais na região". "É necessário ampliar esse volume de profissionais da área de segurança que se dedicam a essa atividade".

Bolsonaro considera que as denúncias das ONGs contra a sua política ambiental é fomentada por interesses estrangeiros que têm como objetivo se apoderar dos recursos da Amazônia.

O seu governo pretende apresentar em breve ao Congresso um projeto que visa legalizar a atividade mineradora e a exploração energética nas áreas de proteção ambiental e em terras indígenas.

Na última semana, como relatou a AFP, mais de 600 líderes indígenas se reuniram no estado do Mato Grosso - representando cerca de 45 povos - e denunciaram que o projeto político do atual governo é de "genocídio, etnocídio e ecocídio".
Segundo representantes dos povos originários e de ONGs, a abertura econômica das reservas indígenas tem sido uma promessa de campanha de Bolsonaro que explicam as escaladas de violência e da pressão dos madeireiros e mineradores sobre as áreas protegidas.

No último ano, o desmatamento da Amazônia aumentou cerca de 85,3% em relação ao ano anterior, chegando a 9.166 km2, segundo dados oficiais do primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro.
Os focos de incêndio, principalmente relacionados ao desmatamento, registraram um aumento de 30%.

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