RIO DE JANEIRO

Esposa do DJ Rennan da Penha diz ter sofrido racismo em agência bancária

Lorenna conta que foi à agência desbloquear um cartão e sacar dinheiro e acabou sendo levada para a delegacia

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 31/01/2020 às 8:53
Foto: Reprodução/Instagram
Lorenna conta que foi à agência desbloquear um cartão e sacar dinheiro e acabou sendo levada para a delegacia - FOTO: Foto: Reprodução/Instagram
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A empresária Lorenna Vieira, esposa do DJ Rennan da Penha, afirma ter sido vítima de injúria racial nessa quinta-feira (30) em uma agência do banco Itaú. Ela foi levada à delegacia após ter ido a uma agência no Rio de Janeiro sacar R$ 1500 e desbloquear um cartão.

Lorenna denuncia o caso em sua conta do Twitter, onde conta que os funcionários do banco acharam a movimentação suspeita.

Em entrevista, a influenciadora narra que foi ao banco tirar dinheiro e desbloquear um cartão, porque perdeu o outro e o novo ainda não tinha chegado em sua casa. Quando tentou realizar a operação, a máquina informou que o cartão estava bloqueado. Neste momento, as funcionárias falaram que o banco poderia achar que ela cometia uma fraude.

Ela ainda diz que, sem receber maiores explicações ou avisos, acabou sendo levada para a delegacia.

"Elas (as funcionárias) estavam falando que 'entrou uma quantidade de dinheiro e a gente não sabe de onde vem'. Eu fiquei sem entender. Eles começaram a cochichar, os funcionários do banco começaram a me olhar. Eu não estava entendendo. A funcionária falou para a gente esperar um pouco e saiu. Ela não voltou mais, quem voltou foi a Polícia Civil. Três policiais, falando para eu ir para a delegacia", conta.

Lorenna diz ter sido tratada como criminosa e afirmou, ainda, que as funcionárias do banco não tentaram entender o que havia acontecido antes de chamarem a polícia.

Ao chegar na delegacia, ela narra que o policial não a reconheceu pela foto da identidade que era impossível saber se era ela, porque seu cabelo estava liso, e falou para ela jogar sua identidade fora e fazer outra com o cabelo natural.

Lorenna contou que, na delegacia, foi questionada várias vezes sobre qual era sua relação com Rennan da Penha e disse ter sido tratada com deboche.

Posicionamento do Itaú

"O Itaú Unibanco lamenta e se desculpa pelos transtornos causados a Lorenna Vieira nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e vem tentando contato com ela para resolver a situação. O Itaú Unibanco esclarece que o procedimento adotado na agência é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero. O objetivo era proteger os recursos de Lorenna de possível fraude, uma vez que já havia um bloqueio preventivo de sua conta corrente e era difícil identificá-la com o documento apresentado no caixa. O Itaú Unibanco acredita que toda forma de discriminação racial deve ser combatida”.

O banco não explicou, no entanto, o motivo pelo qual o perfil bancário de Lorenna foi tratado como suspeito.

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