FRANÇA

Veja os atentados atribuídos a Carlos, o Chacal

A lista mostra os ataques realizados entre 1973 e 1984

Agência France Presse
Cadastrado por
Agência France Presse
Publicado em 06/11/2011 às 21:55
Leitura:

Os principais atentados atribuídos ao venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, apelidado de “Carlos, o Chacal” - que será julgado a partir desta segunda-feira por um tribunal francês por quatro crimes - deixaram 20 mortos entre 1973 e 1984, incluindo a espetacular tomada de reféns da Opep.

30 de dezembro de 1973 - o presidente da emissora britânica Marks and Spencer, Joseph Edward Sieff, fica gravemente ferido após ser atingido por diversos tiros

24 de janeiro de 1974 - vários funcionários do banco israelense Hapoalim de Londres ficam feridos por uma granada

3 de agosto de 1974 - várias bombas explodiram simultaneamente nas publicações L'Arche, Minute, L'Aurore e la Maison de la Radio em Paris, sem deixar vítimas

13 de setembro de 1974 -  três japoneses do Exército Vermelho Japonês tomam como refém o embaixador da França em Haia além de uma dezena de pessoas, e exigem a libertação de Yukata Furuya, preso em Paris. Em 15 de setembro, as negociações estão bloqueadas. Carlos é acusado de lançar duas granadas contra uma loja do boulevard Saint Germain, deixando dois mortos e 34 feridos

13 e 19 de janeiro de 1975 - Carlos lidera dois ataques falhos com uma bazuca contra aviões da companhia israelense El Al no aeroporto parisiense de Orly sem deixar vítimas. O segundo ataque termina em uma tomada de reféns: os três autores pedem sua transferência a Bagdá

27 de junho de 1975 - três policiais do serviço de inteligência vão a um apartamento parisiense onde está Carlos para confrontá-lo com um libanês, Michael Mujarbal, preso três dias antes. Carlos dispara contra eles e mata dois policiais e o informante. Em 1997, foi condenado por esses crimes à prisão perpétua

21 de dezembro de 1975 - Carlos lidera o comando que toma 70 pessoas como reféns, entre elas 11 ministros de petróleo, na sede da Opep em Viena. O ataque deixa três mortos. Eles são levados a Argel, onde os reféns são libertados. A Justiça francesa rejeitou em 1999 a extradição de Carlos solicitada pela Áustria

21 de fevereiro de 1981 - ataque contra a rádio Free Europe de Munique deixa oito feridos

29 de março de 1982 - atentado contra o trem Le Capitole que viajava de Paris a Toulouse deixa cinco mortos e 77 feridos em represália pela prisão na capital francesa de dois companheiros de armas de Carlos, o suíço Bruno Breguet e a alemã Magdalena Kopp

22 de abril de 1982 - um carro-bomba explode na Rua Marbeuf de Paris, em frente à sede do jornal Al-Watan al Arabi deixando 1 morto e 63 feridos

25 de agosto de 1983 - pacote-bomba explode na Maison de la France em Berlim Ocidental, deixando 1 morto e 23 feridos. O braço direito de Carlos, o alemão Johannes Weinrich, entregue pelo Iêmen à Alemanha em 1995, foi condenado por esse atentado à prisão perpétua. No entanto, em 2004, a Justiça alemã o absolveu pelos quatro ataques cometidos na França por falta de provas. O tribunal especial francês o julgará a partir de segunda-feira à revelia pelo primeiro atentado

31 de dezembro de 1983 - uma bomba explode em um vagão do trem de alta velocidade Paris-Marselha deixando três mortos e 11 feridos. Minutos depois, uma explosão destrói a sala de guarda-volumes da estação de trens Saint Charles de Marselha, deixando dois mortos e 40 feridos

1º de janeiro de 1984 - um atentado sem vítimas é realizado contra o centro cultural francês de Trípoli (Líbano)

Últimas notícias