JULGAMENTO

Médico de Michael Jackson é condenado

Jurados consideraram que Conrad Murray matou o astro involuntariamente, ao ministrar uma dose excessiva do anestésico propofol

Da AFP
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Da AFP
Publicado em 07/11/2011 às 18:23
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Atualizada às 20h02

O médico Conrad Murray foi condenado nesta segunda-feira (7)  pelo homicídio culposo de Michael Jackson, em 2009, por um juri reunido na Corte Superior de Los Angeles. O julgamento do médico durou seis semanas. A sentença não foi divulgada e o médico foi algemado e levado para a prisão.

De acordo com a Globonews, citando a rede de TV americana CNN, Murray foi considerado culpado por ter sido negligente ao ministrar uma dose do anestésico propofol ao cantor.

O veredicto foi comemorado pelos fãs do rei do pop reunidos diante do tribunal californiano. "Nós, o juri, consideramos o acusado Conrad Murray culpado de homicídio involuntário" de Michael Jackson. Quando foi pronunciada a palavra "culpado", se escutou um grito de alegria dentro da sala de audiências, enquanto cerca de 200 fãs de Jackson festejavam do lado de fora do prédio.

Conrad Murray ficou sério e não expressou qualquer emoção, como fez durante todo o julgamento. No tribunal estavam os pais do cantor, Katherine e Joe, assim como vários membros do clã Jackson, incluindo os irmãos do rei do pop Jermaine, Rebbie, Joe e La Toya.

"Se fez justiça", disse Jermaine Jackson ao canal de televisão HLN, quando a família do rei do pop saia do prédio da Corte Superior de Los Angeles, em meio a fãs eufóricos. "Nada vai trazê-lo de volta, mas fico contente com esta condenação", disse Rebbie Jackson à TV.

LaToya foi mais enfática: "obrigado aos Estados Unidos, obrigado a todos os fãs". A irmã de Jackson também agradeceu ao promotor David Walgren, que se destacou por ter utilizado brilhantemente a seu favor as testemunhas da defesa: "Walgren esteve maravilhoso".

Diante do prédio do tribunal, os fãs de Jackson festejavam o resultado. "É claro que era culpado", disse J.B. Jones à AFP.

Em sua alegação final, David Walgren afirmou que a negligência de Murray provocou a morte de Jackson, destacando as graves falhas profissionais do médico, que recebia um salário mensal de 150 mil dólares. O advogado do médico, Ed Chernoff, disse ao juri que Murray foi "um pequeno peixe em um tanque sujo", afirmando que Jackson era um viciado desesperado, que provocou a própria morte ao tomar mais medicamentos, enquanto Murray estava fora do quarto do cantor.

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