BRASÍLIA – O porta-voz da Casa Branca, Jay Carner, confirmou que as informações divulgadas pelo governo dos Estados Unidos sobre circunstâncias que levaram à morte de Osama Bin Laden, em maio de 2011, foram incompletas. No entanto, ele evitou detalhar as contradições que vieram à tona, nos últimos dias, com a revelação de um oficial que participou da operação no Paquistão.
“Trabalhamos para conseguir informação o mais rapidamente possível e a informação inicial acabou por ser incompleta”, disse o porta-voz.
Líder e fundador da rede Al Qaeda, organização à qual são atribuídos vários atentados contra alvos civis e militares dos Estados Unidos e seus aliados, inclusive os ataques de 11 de setembro de 2001, Bin Laden foi morto durante uma operação militar norte-americana, em Abbottabad, no Paquistão. De acordo com as autoridades dos Estados Unidos, o corpo dele foi lançado ao mar.
No livro Easy Day: The Firsthand Account Of The Mission That Killed Osama Bin Laden (cuja tradução livre é um dia nada fácil: o primeiro relato da missão que matou Osama Bin Laden), o autor sob o pseudônimo de Mark Owen diz que Bin Laden foi morto com um tiro na cabeça, no quarto onde estava. O livro será lançado na quarta-feira (4).
Para as autoridades norte-americanas, o autor do livro que é um ex-oficial violou o compromisso de confidencialidade a que estava sujeito e que incluía a revisão de qualquer testemunho pessoal antes da sua publicação. O Pentágono, Departamento de Defesa dos Estados Unidos, ameaçou recorrer “a todos os meios legais disponíveis contra [o ex-militar] e todos os que com ele cooperaram”.
Antes da versão do livro, o governo norte-americano informou que Bin Laden foi morto ao tentar reagir. “Não li o livro, não creio que alguém aqui [Casa Branca] tenha lido e não posso fazer uma avaliação”, disse Carney.