Um tibetano morreu nesta sexta-feira (26) após ter ateado fogo em seu próprio corpo no noroeste da China, no quarto caso de imolação nesta região em menos de uma semana, anunciaram a imprensa e organizações de defesa dos direitos Humanos.
Lhamo Tseten, de cerca de 20 anos, imolou-se em frente a um hospital no cantão de Xiahe, conhecido por Sangchu em tibetano, na província de Gansu, indicou agência de notícias oficial Nova China.
O governo tibetano no exílio na Índia confirmou a morte do jovem tibetano.
Tseten deixa seus pais, sua esposa e uma filha de dois anos, de acordo com o governo tibetano no exílio.
Seu suicídio ocorre depois de um outro tibetano, Rinchen Dorje, ter colocado fogo em si mesmo perto de um acampamento militar na mesma região na terça-feira. Dois outros tibetanos haviam se imolado na segunda-feira e no sábado passados, na mesma província.
Cerca de 60 tibetanos se imolaram ou tentaram fazer o mesmo na China desde fevereiro de 2009, em protesto contra a política das autoridades chinesas no Tibete, de acordo com a organização de defesa dos tibetanos Free Tibet. Poucos conseguiram resistir aos ferimentos. Tais atos são cometidos, em sua grande maioria, por monges e religiosas budistas.
Tseten gritou "Liberdade ao Tibete e o retorno do Dalai Lama" ao atear fogo, informou a Free Tibet, citando testemunhas.
As autoridades chinesas aumentaram as medidas de segurança no cantão de Xiahe após a morte de Tseten e enviaram tropas para a região, de acordo com a ONG International Campaign for Tibet (ICT), citando fontes tibetanas no exílio.
Muitos tibetanos denunciam a repressão contra sua religião e cultura, acusações rejeitadas por Pequim, que enfatiza investimentos na modernização do Tibete.