O governo da Costa do Marfim prometeu nesta quarta-feira (2) uma investigação rápida, de no máximo 3 dias, sobre a correria que causou a morte de 62 pessoas em Abidjan durante a celebração do Ano Novo.
Segundo o último balanço oficial, 62 pessoas, entre elas muitos jovens, morreram em uma grande correria provocada quando a multidão de expectadores deixava o distrito administrativo de Plateau (centro), após assistir a queima de fogos de artifício.
No primeiro dia de luto nacional de três dias decretado pelo presidente Alassane Ouattara, o primeiro-ministro Daniel Ducan reuniu uma célula de crise para ajudar as famílias. Segundo a autoridade, a investigação sobre a tragédia será concluída em "72 horas" e permitirá "tirar lições".
Ducann considerou que não houve falhas na segurança durante as celebrações do Ano Novo, que reuniram "entre duas e três milhões de pessoas" nas ruas da capital econômica. No local do acidente, flores foram depositadas aos pés de um árvore em memória das vítimas.
A origem da tragédia continua incerta. Segundo a polícia, a correria aconteceu pelo encontro de duas multidões de expectadores que se dirigiam em sentido contrário. Algumas testemunhas relataram confusões em meio à multidão e outras falaram da queda de vítimas em um fosso. As autoridades reconheceram a presença de troncos de árvores no chão e a falta de iluminação no local.
Pilhas de roupas e sapatos ainda estavam espalhadas pelo chão, vestígios do tumulto que ocorreu por volta das 02h00 locais (00h00 de Brasília). De acordo com as autoridades, mais de 50.000 pessoas, celebravam a noite de Ano Novo nas ruas.
A Costa do Marfim tenta superar a crise pós-eleitoral de dezembro 2010-abril 2011, que causou cerca de 3.000 mortes.