Centenas de pessoas protestaram nesta terça-feira (19) em Haia, aos gritos de "Liberdade para nosso presidente", no início da audiência de confirmação de acusações contra o ex-presidente marfinense Laurent Gbagbo no Tribunal Penal Internacional (TPI).
"Estamos aqui porque hoje o presidente Gbagbo comparece ao TPI, quando é um presidente democraticamente eleito e as acusações contra ele deveriam ser atribuídas a Alassane Ouattara", o atual presidente da Costa do Marfim, disse Hubert Seka, de 43 anos, que viajou da Itália para participar na manifestação.
Gbagbo, 67 anos, primeiro ex-chefe de Estado entregue ao TPI, é acusado de ser "coautor indireto" de quatro crimes contra a humanidade (assassinatos, estupros, perseguições e atos desumanos) cometidos durante a violência pós-eleitoral de 2010-2011.
Gbabgo se negou a reconhecer a vitória eleitoral de Ouattara, certificada pela ONU, depois de permanecer 10 anos no poder. Esta situação levou o país a uma profunda e violenta crise que deixou 3.000 mortos.