Polícia Federal

Preso líder de quadrilha de tráfico de órgãos foragido do Brasil desde 2009

Gedalya Tauber liderava a quadrilha acusada de aliciar pessoas no Recife para vender seus rins da África do Sul

Renato Mota
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Renato Mota
Publicado em 07/06/2013 às 21:44
Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem
Gedalya Tauber liderava a quadrilha acusada de aliciar pessoas no Recife para vender seus rins da África do Sul - FOTO: Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem
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O último dos acusados de integrar um esquema internacional de tráfico de órgãos em Pernambuco, o israelense Gedalya Tauber, 77 anos, condenado a 11 anos e nove meses pela Justiça Federal, foi preso nesta sexta-feira (7) no aeroporto de Fiumicino, em Roma, pela polícia italiana.

Tauber, ex-oficial do Exército israelense, liderava a quadrilha acusada de aliciar pessoas no Recife para vender seus rins da África do Sul e estava em liberdade condicional quando fugiu. O esquema foi desmantelado pela Polícia Federal em 2003, na chamada Operação Bisturi.

De acordo com o assessor de comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro, com a prisão de Tauber o caso foi finalmente encerrado. “Nossos esforços agora são no sentido de conseguir sua extradição para o Brasil”. Gedalya estava em liberdade condicional, quando aproveitou o benefício para fugir. A condição foi revogada em outobro de 2010. A prisão aconteceu graças ao trabalho em conjunto entre a PF brasileira e a Interpol, que disponibilizou nos sistemas de polícia do mundo todo informações sobre o foragido.

Ao todo, 12 pessoas foram presas e condenadas no Brasil como aliciadoras. Atualmente, quase todos os envolvidos estão em liberdade, seja por já terem cumprido suas penas ou por aguardarem o julgamento de recursos em liberdade. No último dia 4 de maio, a PF prendeu Eldênia de Souza Cavalcanti, 63 anos, condenada a 4 anos e sete meses de prisão, mas que recorreu da sentença e aguardava em liberdade. “O recurso saiu, foi ratificado e confirmado e o mandado de prisão foi expedido e a PF a encontrou na casa dela”, explicou Santoro.

A operação ainda envolveu duas pessoas em Israel, responsabilizadas pela fraude no sistema de saúde. Na África do Sul, 20 pessoas, entre médicos e enfermeiras que realizavam as cirurgias estavam no esquema descoberto na Operação Bisturi. Cerca de 47 pessoas chegaram a dar entrada no Hospital Saint Agostini, em Durban, na África do Sul, para a retirada de um dos rins.

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