protesto

Integrante do grupo Pussy Riot em greve de fome

Segundo Tolokonnikova, as detidas são humilhadas sistematicamente e reduzidas ao estado de escravas, forçadas a trabalhar 16 horas por dia e privadas de sono

Da AFP
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Publicado em 23/09/2013 às 12:45
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Uma das jovens do grupo de punk russo Pussy Riot, Nadejda Tolokonnikova, iniciou nesta segunda-feira (23), na prisão, uma greve de fome, afirmando que foi ameaçada de morte depois de denunciar as condições de detenção em seu campo de trabalho.

Em uma carta enviada à imprensa por seu advogado, a jovem de 23 anos narrou as terríveis condições no campo de trabalho para múlheres número 14 em Mordóvia, 600 km a leste de Moscou, onde cumpre uma pena de dois anos.

O relato da jovem lembra os testemunhos sobre o Gulag soviético.

Em uma demanda separada dirigida à justiça, a jovem acusa o diretor adjunto do campo, Yuri Kuprionov, de tê-la ameaçado de morte no dia 30 de agosto, depois de ter se queixado das condições de detenção e trabalho.

Acrescentou que outros detidos lhe transmitiram as ameaças, "por encargo da administração".

Segundo Tolokonnikova, as detidas são humilhadas sistematicamente e reduzidas ao estado de escravas, forçadas a trabalhar 16 horas por dia e privadas de sono.

Nadejda Tolokonnikova foi detida em março de 2012 junto com Maria Alejina e Ekaterina Samutsevich, também integrantes do grupo punk rock feminista Pussy Riot, por terem cantado uma oração punk na Catedral de Cristo Salvador de Moscou no dia 21 de fevereiro de 2012.

Na oração, as Pussy Riot pediam à virgem que expulsasse do poder o presidente Vladimir Putin.

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