O grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ligado à Al Qaeda, reivindicou hoje (1º) a autoria da série de atentados registrados nessa segunda-feira em Bagdá, que causaram a morte de 48 pessoas.
Em comunicado divulgado na internet, a organização explicou que a onda de atentados faz parte de uma operação combinada de ataques seletivos e que todos ocorreram de forma simultânea na província de Bagdá.
Segundo o grupo fundamentalista, os seus homens “incendiaram a terra e fizeram tremer o chão debaixo dos pés dos xiitas, destruindo todos os planos de segurança dos que se vangloriam e dos que tornaram Bagdá uma grande prisão”.
O comunicado acrescenta que os atentados foram feitos contra “edifícios da segurança, patrulhas militares e instalações da milícia do clérigo xiita Moqtada Al Sadr”. Pelo menos 48 pessoas morreram e 177 ficaram feridas em vários ataques na capital iraquiana.
De acordo com a missão de assistência das Nações Unidas no Iraque, no total, 979 iraquianos morreram e 2.133 ficaram feridos em setembro em atos de violência.
O balanço dos três últimos meses, que oscila entre 800 e 1.000 mortos por mês, confirma o agravamento das condições de segurança e o regresso aos níveis de violência registrados há cinco anos, de acordo com observadores.
Segundo a ONU, a província de Bagdá é a mais afetada, com 418 mortos e 1.011 feridos, seguida das províncias de Ninive, Diyala, Salaheddine e Anbar.