O número 2 na liderança da Coreia do Norte e tio do ditador Kim Jong Un pode ter sido retirado do poder, segundo informações da agência de espionagem sul-coreana.
Jang Song Thaek, vice-presidente do mais alto organismo de tomada de decisões do país, a Comissão Nacional de Defesa, não é visto em público desde a execução de dois de seus aliados mais próximos, em novembro, segundo informaram oficiais do Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul a dois integrantes do Legislativo do país.
O SNI disse que suspeita que Jang tenha sido destituído do poder após a execução de seus aliados, que foram acusados por corrupção, informou o escritório de Jung Chung-rae, um dos deputados que recebeu informações da agência de espionagem.
Jang, que entrou para a família ao se casar com a irmã do ex-líder Kim Jong Il, é uma importante figura no regime norte-coreano. Acredita-se que ele teve um papel central ao auxiliar Kim Jong Un a assumir o controle do país, após a morte de seu pai, em 2011.
O sul-coreano Mistério da Unificação, que cuida de questões relacionadas aos dois países, confirmou que a última aparição pública de Jang foi numa reunião com o político japonês Kanji Inoki, em 6 de novembro.
Desde que assumiu o poder, Kim tem tomado medidas para substituir muitos dos líderes militares e outros funcionários que serviram o governo de seu pai. Em outubro, a Coreia do Norte indicou seu quarto alto general em pouco mais de um ano.
O Ministério da Unificação estima que cerca de 100 militares, integrantes do governo e funcionários do Partido Comunista da Coreia do Norte tenham sido substituídos desde a chegada ao poder de Kim Jong Un.
A Coreia do Norte não confirmou as informações sobre Jang, que já desapareceu de vista duas vezes antes, sendo a última vez foi entre 2003 e 2006. Jang foi eleito vice-presidente da Comissão Nacional de Defesa em 2010, organismo que é presidido por Kim.
