Um júri de acusação de Nova York voltou a denunciar nesta sexta-feira (14) a diplomata indiana Devyani Khobragade por pagar insuficientemente sua empregada doméstica e por fornecer dados falsos em seu pedido de visto, reabrindo um caso que afetou as relações entre Washington e Nova Délhi.
O anúncio, por parte do procurador federal de Manhattan, foi feito dois dias depois que um juiz americano desconsiderou o caso anterior, alegando que a consulesa indiana gozava de imunidade diplomática.
A vice-consulesa-geral em Nova York Devyani Khobragade foi detida em 12 de dezembro, na frente da escola de seus filhos nessa cidade americana e permaneceu detida por 48 horas. O episódio irritou o governo indiano.
A Justiça americana acusa a diplomata de pagar pouco sua funcionária, também indiana, e de ter mentido e entregue documentos falsos para pedir seu visto de trabalho.
Devyani obteve imunidade diplomática como membro da missão permanente da Índia na ONU, o que lhe permitiu deixar os Estados Unidos logo depois de ter sido denunciada oficialmente em 9 de janeiro.
Com base na imunidade diplomática obtida, a juíza Shira Scheindlin rejeitou o caso na quarta-feira. Em resposta, porém, o júri de acusação considera, agora, que Khobragade se beneficiou da imunidade apenas "por um tempo limitado entre 8 e 9 de janeiro".
"Atualmente, não há um impedimento para uma nova acusação contra ela por sua suposta conduta criminosa e agimos de acordo com isso", disse o porta-voz do procurador de Manhattan, Preet Bharara.
