Crise na Ucrânia

Putin e Obama conversam por telefone sobre situação da Crimeia

Obama, afirmou que o referendo sobre a anexação da região à Rússia estava "completamente em consonância com as normas do direito internacional"

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Publicado em 16/03/2014 às 19:01
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Obama, afirmou que o referendo sobre a anexação da região à Rússia estava "completamente em consonância com as normas do direito internacional" - FOTO: Kirill Kudryavtsev/AFP
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O presidente russo, Vladimir Putin, declarou neste domingo ao presidente americano, Barack Obama, em uma conversa por telefone, que o referendo sobre a anexação da região ucraniana da Crimeia à Rússia estava "completamente em consonância com as normas do direito internacional", informou o Kremlin. 

O referendo "foi plenamente conforme aos princípios do direito internacional e à Carta da ONU, e levou em conta especialmente o precedente de Kosovo", província sérvia de maioria albanesa que se tornou independente com a ajuda do Ocidente, declarou Putin, segundo o Kremlin. 

"Os moradores da península (da Crimeia) tiveram a garantia de poder expressar livremente sua vontade", acrescentou Putin a respeito do referendo criticado pelos ocidentais. Segundo pesquisas de boca de urna, a consulta obteve resposta favorável à anexação à Rússia de 95% dos moradores desta região de língua russa da Ucrânia.

"Vladimir Putin falou sobre a incapacidade e a falta de vontade de Kiev no que diz respeito à repressão de grupos ultranacionalistas e radicais que desestabilizam a situação e aterrorizam a população", informou o governo de Moscou. 

Putin também declarou ao presidente americano que qualquer missão de monitoramento da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) na Ucrânia deve cobrir "todas as regiões da Ucrânia", e não apenas a Crimeia. Mas os dois líderes concordaram que, "apesar das divergências (...), é necessário buscar em conjunto formas de estabilizar a situação na Ucrânia", acrescentou o Kremlin.

Putin e Obama concordam que "apesar das diferenças de interpretação, é necessário buscar juntos maneiras de estabilizar a situação na Ucrânia", disse o Kremlin, ressaltando que a conversa telefônica ocorreu por iniciativa do presidente norte-americano. 

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