O exército sul-coreano anunciou nesta quinta-feira (10) que a partir da sexta-feira organizará o maior exercício aéreo conjunto de sua história com os Estados Unidos, em um momento de grande tensão na península pelas ameaças da Coreia do Norte.
As manobras, previstas de 11 a 25 de abril, terão a participação de 103 aviões e 1.400 soldados, segundo a Força Aérea sul-coreana.
O exercício terá caças sul-coreanos F-15K e aviões F-15 e F-16 dos Estados Unidos, além dos FA-18 e EA-18 dos marines.
Os exercícios devem abordar "cenários práticos", como ataques de precisão contra um inimigo, ou missões de abastecimento a tropas infiltradas em território adverso.Seul e Washington iniciaram em fevereiro os exercícios conjuntos anuais.
Pyongyang considera as manobras militares um teste para uma invasão de seu território. Como forma de protesto, o regime comunista lançou foguetes e mísseis nas últimas semanas. No dia 26 de março realizou os primeiros testes de mísseis de médio alcance desde 2009.
As duas Coreias trocaram disparos na fronteira marítima no Mar Amarelo em 31 de março, depois que o Norte lançou quase 100 projéteis em um exercício militar e provocou uma resposta do Sul.
Na véspera do incidente, Pyongyang advertiu que poderia executar uma "nova forma" de teste nuclear.
A presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, pediu nesta semana muita atenção às ações do Norte, onde o dirigente Kim Jong-Un havia advertido poucos dias antes que a situação na península era "muito grave".