O líder norte-coreano, o jovem Kim Jong-un, convocou seus soldados para um "conflito iminente com os Estados Unidos", revela neste sábado a imprensa estatal em Pyongyang, em meio à visita do presidente americano, Barak Obama, à Coreia do Sul.
Kim, comandante supremo de um Exército de 1,2 milhão de homens, visita com frequência as unidades militares para "orientá-las" sobre sua preparação.
A mensagem foi proferida na sexta-feira, durante a visita de Kim a uma unidade de artilharia, revelou a Agência Central de Notícias Coreana (KCNA).
"Nosso querido comandante supremo Kim Jong-Un disse que, atualmente, nada é mais importante que a preparação para o iminente conflito com os Estados Unidos", segundo a KCNA.
Em visita a Seul, Obama chamou neste sábado a Coreia do Norte de "Estado pária" e fraco, cuja fronteira fortemente militarizada com o Sul "marca o limite da liberdade".
O que define a diferença entre os dois países é uma fratura entre a "democracia que cresce e um Estado pária cujo povo tem fome...", disse Obama para tropas americanas.
Segundo um centro americano de estudos especializado na Coreia do Norte, o governo de Pyongyang parece concluir os preparativos para um quarto teste nuclear.
Imagens obtidas por satélites mostram um aumento das atividades em Punggye-ri, onde o regime norte-coreano realiza seus testes nucleares, que estariam vinculadas "provavelmente à preparação de uma nova detonação" atômica, revelou o instituto EUA-Coreia do Sul da Universidade John Hopkins na quinta-feira.
A Coreia do Norte já executou três testes nucleares: em outubro de 2006, em maio de 2009 e em fevereiro de 2013, ações proibidas pela ONU e que, em cada uma dessas ocasiões, provocou um aumento das sanções internacionais contra o país asiático.