Ameaçado por uma oposição cada vez mais unida que exige mudanças políticas, o presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, prometeu nesta segunda-feira lutar pela reconciliação nacional ao assumir a liderança do país pela quarta vez consecutiva.
De sua cadeira de rodas, aos 77 anos, Bouteflika recitou o juramento e agradeceu rapidamente a seus eleitores. No poder desde 1999, o presidente recebeu mais de 81% dos votos na eleição realizada no dia 17 de abril. O comparecimento às urnas foi de 51%.
Com a diminuição das reservas de petróleo locais, altos índices de desemprego entre os jovens e ameaças da Al-Qaeda no deserto ao sul da País, há preocupações com a capacidade de Bouteflika governar durante mais um mandato, tendo em vista sua saúde frágil. No ano passado o presidente teve um ataque cardíaco.
Os partidos de oposição acreditam que houve fraude nas eleições e vão se mobilizar contra o governante. Grupos que boicotaram a votação se uniram em uma frente única e estão convocando uma conferência nacional para discutir mudanças políticas. Entre as propostas, os oposicionistas defendem a instauração de limites para a quantidade de mandatos, o aumento do poder dos parlamentares e o fortalecimento do judiciário