Negociações de paz entre o governo do Sudão do Sul e rebeldes foram retomadas nesta segunda-feira (28) na capital da Etiópia, numa tentativa de encerrar uma guerra civil que já se arrasta há quatro meses, segundo mediadores regionais.
O diálogo começou logo após o início do conflito, em meados de dezembro, e levou a um cessar-fogo assinado no fim de janeiro. O acordo, porém, foi logo violado.
A nova rodada de negociações, que está em suspenso há várias semanas, tem como objetivo lidar com as causas mais profundas da guerra civil na nação mais jovem do mundo, que conquistou sua independência de Cartum em 2011.
Uma série de atrocidades cometidas no Sudão do Sul causou indignação global, com forças do governo leais ao presidente Salva Kiir e rebeldes que apoiam o ex-vice presidente Riek Machar envolvidos em massacres, estupros, ataques a bases da Organização das Nações Unidas (ONU) e recrutamento de crianças como soldados.
O conflito no Sudão do Sul deixou milhares de mortos e forçou que milhões de pessoas abandonassem suas casas. Mais de 78 mil civis foram distribuídos entre oito bases da ONU no país, enquanto milhares fugiram para nações vizinhas, como a Etiópia e Uganda.