A Malásia está estudando quais ações podem ser tomadas segundo as leis internacionais no contexto da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, afirmou o primeiro-ministro Najib Razak.
"Eu instrui o procurador-geral a estudar esse assunto para garantir que qualquer ação que seja tomada pela Malásia esteja em linha com as leis internacionais", afirmou Najib ao Parlamento, em reunião especial para discutir a queda do voo MH17, com 298 pessoas a bordo.
Especialistas em direito estão divididos se a queda do voo constitui um crime de guerra. Advogados dos 11 países com cidadãos mortos na queda da aeronave também teriam que avaliar onde os supostos criminosos seriam trazidos à justiça. Suspeita-se que o avião tenha sido atingido por um míssil terra-ar quando sobrevoava a região de Donetsk.
A Ucrânia e os EUA acusam os rebeldes apoiados por Moscou de dispararem o míssil, enquanto a Rússia e os separatistas negam a responsabilidade.
Apesar de um número crescente de evidências, Najib continua a adotar uma posição cautelosa. Ele reiterou nesta quarta-feira que a Malásia não irá indicar culpados até que sejam apresentadas evidências concretas.
Entre as questões em aberto, o primeiro-ministro malaio citou que ainda não se sabe se o avião foi atingido por um míssil guiado, as identidades dos criminosos, os motivos, e quem forneceu o armamento. Najib também ressaltou que a Malásia quer saber se o ataque foi planejado ou um acidente. "Tudo isso requer clara e comprovada evidência", afirmou.