Diplomacia

Brasil não é anão diplomático, responde ministro

Israel chamou o Brasil de "anão diplomático"

Adriana Oliveira
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Adriana Oliveira
Publicado em 24/07/2014 às 18:18
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O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, rebateu nesta quinta-feira (24) as declarações do porta-voz da Chancelaria de Israel, que teria chamado o Brasil de "anão diplomático" ao criticar a decisão do País de chamar para consultas seu embaixador em Tel-Aviv por causa da ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza. Em evento em São Paulo, o ministro também rebateu nota da Chancelaria israelense que afirmou quer a decisão brasileira ignorava o direito de Israel de se defender.

"Somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz e de ação pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles", disse o ministro, citado pela agência Reuters. "Não contestamos o direito de Israel de se defender, jamais contestamos isso. O que contestamos é a desproporcionalidade das coisas", acrescentou.

De acordo com a agência de notícias palestina Ma'an News, 116 palestinos foram mortos por ataques israelenses em Gaza nesta quinta-feira, elevando a 797 o número de palestinos mortos desde o início da ofensiva; no mesmo período, 31 soldados israelenses foram mortos por foguetes disparados desde Gaza.

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores israelense havia reagido às críticas feitas pelo Brasil à postura de Israel no conflito com os palestinos na Faixa de Gaza. As autoridades israelenses chamaram o País de "anão diplomático". "Essa é uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua sendo um anão diplomático", disse o porta-voz Yigal Palmor nesta quinta-feira, 24, de acordo com o jornal The Jerusalem Post.

Na quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota afirmando que o País considera "inaceitável" o conflito e chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, Henrique Sardinha. "Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças", dizia a nota da chancelaria brasileira.

 

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