A Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife, foi decorada neste sábado com bandeiras da Palestina e cartazes em repúdio ao conflito que tem ocorrido nos últimos dias na Faixa de Gaza. A manifestação aconteceu pela manhã e foi organizada de forma espontânea pela internet, com o apoio do Centro Cultural Palestino-Brasileiro de Pernambuco.
Um ato em apoio às vítimas também foi encenado na praça, que incluiu bonecos infantis e tinha vermelha simulando sangue, para lembrar principalmente as crianças mortas no confronto. Um histórico com notícias relacionadas à região também foi montado, para explicar ao público o desenrolar da situação. O conflito de 16 dias já provocou mais de 1.650 mortos do lado palestino, a maioria civis, e de 63 soldados israelenses e três civis.
O servidor público João Augusto Dias, um dos organizadores da manifestação, diz que a ideia nasceu online. “Postei uma proposta nas redes sociais e rapidamente muitas pessoas se engajaram”, lembra. Após uma reunião, o grupo definiu o formato do ato realizado ontem. “O mais incrível é que tudo isso aconteceu de maneira espontânea através da solidariedade das pessoas em relação às vítmas”, afirma Dias. Esse será o único ato realizado pelo grupo, mas o presidente do Centro Cultural Palestino-Brasileiro, Alberto Asfora, conta que outras ações apoiadas pela instituição ocorrerão nos próximos dias. “Na segunda-feira (amanhã) participaremos de um debate no programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, representados pelo vereador Jayme Asfora, e na quarta-feira apoiaremos um ato organizado por movimentos sociais às 13h na Faculdade de Direito. Nosso foco está sendo nas universidades e nos formadores de opinião”, completa Asfora.
O apoio contra o que está sendo considerado, por parte da opinião pública, um massacre de civis na Palestina está vindo de todos os lados. Grupos de direitos humanos e artistas do mundo tdo já se manifestaram públicamente por um cessar-fogo imediato. No sábado retrasado, aqui mesmo no Recife, um grupo também realizou um ato na Praça Chora Menino. “Foi muito tocante a iniciative de, simbolicamente, rebatizar a praça para Choram Crianças de Gaza”, lembrou o assessor de comunicação do Centro Cultural Palestino-Brasileiro, André Frej.
