A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de mortos por ebola subiu para 931. De acordo com a entidade, 108 casos foram confirmados entre os dias 2 e 4 de agosto, com 45 mortes. Funcionários da área de saúde lutam para conter a disseminação do vírus.
O Ministério da Saúde da Nigéria informou nesta quarta-feira (6) que um profissional da saúde que tratou de um paciente com ebola morreu em consequência da doença e confirmou a infecção de outras cinco pessoas que tiveram contato com o doente.
O crescente número de casos em Lagos, cidade de 21 milhões de habitantes, acontece no momento em que as autoridades reconhecem que não trataram Patrick Sawyer como um paciente com ebola e ele não foi colocado em isolamento nas primeiras 24 horas após sua chegada ao país, no mês passado. Sawyer, um americano de ascendência liberiana de 40 anos, viajara num voo comercial para a Nigéria quando apresentou os sintomas.
A morte do enfermeiro (ou enfermeira), cujo nome não foi divulgado, é a segunda por ebola na Nigéria. A questão é muito preocupante já que a Nigéria é o país mais populoso da África e Lagos, onde as mortes foram registradas, uma de suas maiores cidades.
Na Arábia Saudita, o Ministério da Saúde informou a morte de um homem de 40 anos que era submetido a exames para verificar se estava com Ebola. Ele voltou no domingo de Serra Leoa, onde há um surto da doença, e estava hospitalizado em Jedá após apresentar sintomas da febre hemorrágica.
O Ministério da Defesa da Espanha disse que um Airbus 310 com equipamentos médicos está pronto para ir até a Libéria para repatriar um missionário espanhol que contraiu ebola. Segundo o Ministério, os preparativos para o avião eram finalizados nesta quarta-feira, mas ainda não se sabia o horário de decolagem da aeronave.
O padre Miguel Pajares é um dos três missionários mantidos em isolamento no hospital San José de Monróvia. Exames mostraram que todos contraíram a doença, informou na terça-feira ordem San Juán de Díos, grupo humanitário católico que dirige hospitais em todo o mundo.
O ebola, doença para a qual não existe vacina nem tratamento, fez vítimas até agora em Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
Especialistas em saúde dizem que os funcionários da área médica que contraíram a doença de Sawyer na Nigéria não devem ter contagiado vizinhos ou familiares até começarem a apresentar os sintomas. A demora em colocar em prática medidas de controle da infecção representa outro retrocesso no combate a pior epidemia de Ebola já registrada.
Autoridades da Libéria disseram que uma irmã de Sawyer morreu de Ebola, embora Sawyer tenha dito que não teve contato próximo com ela enquanto ela estava doente.