Um homem suspeito de envolvimento no roubo do dossiê médico do piloto Michael Schumacher foi encontrado enforcado em sua cela nesta quarta-feira em Zurique, um dia depois de sua detenção, informou o Ministério Público em um comunicado.
O homem, cuja identidade não foi revelada, era funcionário da empresa de resgate aéreo suíça Rega, que organizou o repatriamento para a Suíça do heptacampeão de Fórmula 1 vítima de um acidente de esqui na França.
O homem foi detido na terça-feira como parte de uma investigação de especialistas em crimes cibernéticos, mas a detenção não havia sido anunciada. Durante o interrogatório policial, o suspeito negou as acusações, segundo o comunicado.
Nesta quarta-feira, quando o detido deveria ser interrogado pelo promotor, ele foi encontrado enforcado na cela, de acordo com a nota, que anuncia a abertura de uma investigação preliminar e explica que o suicídio não teve a participação de outra pessoa.
O Ministério Público de Zurique havia aberto um procedimento contra um desconhecido por violação de privacidade de paciente e de sigilo médico. A Suíça recebeu um pedido de assistência judicial das autoridades francesas.
A investigação sobre o roubo do dossiê médico do piloto alemão levou a polícia até o endereço IP do computador usado pelo ladrão, localizado na empresa de resgate aéreo suíça Rega.
A familia do piloto contratou a empresa de Zurique para o transporte até a Suíça de Schumacher. A Rega recebeu um dossiê médico do hospital de Grenoble, no qual o heptacampeão de Fórmula 1 recebia tratamento.
Por discrição, a família não quis um traslado de helicóptero e a Rega organizou o transporte de ambulância até hospital de Lausanne, perto da casa da família, em Gland.
Após o transporte, uma pessoa tentou vender aos meios de comunicação, por 50.000 euros, trechos do dossiê médico. A investigação de um promotor de Grenoble havia apontado para uma empresa de helicópteros de Zurique.
A Rega apresentou uma ação contra pessoa desconhecida em 8 de julho "em interesse de uma transparência absoluta". A companhia é uma das empresas de resgate aéreo mais ativas e conhecidas da Suíça.
O comunicado do Ministério Público de Zurique destaca que, apesar do suicídio, o suspeito tem direito à "presunção de inocência" e indica que a investigação mostrou que apenas uma pessoa está envolvida no caso.
Michael Schumacher ficou internado em Grenoble por seis meses, depois de um grave acidente de esqui, em dezembro de 2013, em Méribel, nos Alpes Franceses.
Schumacher saiu do coma no mês passado, e sua esposa Corinna, declarou que o estado de saúde do ex-piloto está melhorando gradualmente.