O acidente com a central nuclear de Fukushima custará no mínimo o dobro que o governo japonês calculou que custaria, afirma um estudo universitário consultado pela AFP.
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A conta pode chegar a 11,08 trilhões de ienes (80 bilhões de euros), no mínimo, segundo cálculos de Kenichi Oshima, professor de economia ambiental da Universidade de Ritsumeikan.
Em março de 2011, depois de um forte terremoto no noroeste do Japão, um tsunami se originou e devastou as regiões costeiras, arrasando com a usina nuclear, cuja situação dificilmente será estabilizada.
"É o resultado de cálculos possíveis a partir das informações de que dispomos em junho, mas isso poderá aumentar. Por isso, 11 trilhões é o limite mínimo", explica o especialista.
O governo japonês avaliou em 5,8 trilhões de ienes o dinheiro necessário para cobrir as consequências da tragédia.
O professor calcula, no entanto, que só para restaurar as normas de segurança nas centrais nucleares do país serão necessários 2,2 trilhões de ienes (cerca de 15 bilhões de de euros).
"São custos indiretos, não estão incluídos no total", afirma Oshima.
O cálculo da quantia leva ainda em conta a indenização das pessoas obrigadas a deixar a região, que perderam ou não seu trabalho (4,98 trilhões de ienes), a descontaminação dos arredores da central nuclear (3,5 trilhões de ienes) e 2,1 trilhões de ienes destinados diretamente a desmantelar os reatores de Fukushima e limpar e assegurar a instalação.