Resgate

União Europeia reforça agência para resgatar refugiados

Ao lado do ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, em uma coletiva de imprensa em Bruxelas, a comissária para assuntos internos, Cecilia Malmstrom, anunciou planos para reforçar a agência de patrulha da costa europeia

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 27/08/2014 às 20:25
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A Comissão Europeia concordou nesta quarta-feira (27) com as demandas italianas para substituir as operações romanas de emergência para o resgate de refugiados que chegam à costa do Mediterrâneo por um projeto de escala continental. Ao lado do ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, em uma coletiva de imprensa em Bruxelas, a comissária para assuntos internos, Cecilia Malmstrom, anunciou planos para reforçar a agência de patrulha da costa europeia.

Ela pediu que todos os Estados membros da União Europeia contribuam com aviões, navios e funcionários para a operação "Frontex Plus", que ela espera lançar em novembro. Segundo a comissária, o novo plano complementa os esforços de resgate italianos, que já recuperaram 110 mil pessoas desde janeiro. Ao menos outros 1.899, no entanto, morreram tentando chegar ao país.

Malmstrom insistiu que o tamanho e a amplitude da nova operação ainda estavam sendo discutidos. O ministro italiano afirmou, no entanto, que a Europa - e não somente a Itália - tomaria a liderança no trato de questões imigratórias do Mediterrâneo. Ele disse que os esforços italianos seriam gradualmente reduzidos à medida que a "Frontex Plus" se estabelecesse.

Na Alemanha, por outro lado, o governo propôs medidas que endureceriam as normas de imigração para cidadãos de outras nações da UE. Os alemães acusam imigrantes pobres da Bulgária e da Romênia de estarem abusando das medidas de bem-estar social oferecidas pelo país.

O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, informou que o gabinete da chanceler Angela Merkel estava propondo um limite de seis meses para que cidadãos da União Europeia fiquem no país sem um emprego. Além disso, ele afirmou que os cidadãos da UE suspeitos de terem abusado dos benefícios sociais alemães podem ser proibidos de voltar ao país.

"A liberdade de movimentação é uma parte essencial da integração europeia, a qual nós apoiamos completamente", disse Maiziere a repórteres em Berlim. "No entanto, isso não significa que nós devemos fechar nossos olhos para os problemas que surgem." Fonte: Associated Press.

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