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Japão apresenta nova sonda espacial para explorar asteroide

Os cientistas da JAXA acreditam que é mais interessante explorar o subsolo do que a superfície do asteroide

Da AFP
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Da AFP
Publicado em 02/09/2014 às 11:22
Foto: AKIHIRO IKESHITA / JAXA / AFP
Os cientistas da JAXA acreditam que é mais interessante explorar o subsolo do que a superfície do asteroide - FOTO: Foto: AKIHIRO IKESHITA / JAXA / AFP
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A Agência Japonesa de Exploração Espacial (JAXA) apresentou à imprensa uma nova sonda, a Hayabusa-2, com a qual espera repetir o êxito de sua antecessora, que conseguiu trazer pó de asteroide depois de uma odisseia de sete anos.

"A nova sonda estará terminada muito em breve", afirmou o chefe do projeto, Hitoshi Kuninaka, citado pela agência Jiji. O lançamento da base de Tanegashima, sul do Japão, está previsto para dezembro.

Hayabusa-2 deve alcançar seu objetivo, o asteroide "1999 JU3", em meados de 2018 e empreenderá regresso no final de 2019 para chegar à Terra um ano mais tarde, se tudo sair bem. Ao contrário de Itokawa, o asteroide explorado pela primeira sonda Hayabusa, este novo corpo rochoso contém carbono e água.

A Hayabusa-2 será equipada com uma espécie de canhão espacial. Quando chegar na órbita desejada de "1999 JU3", soltará o artefato e se colocará ao lado do asteroide.

O canhão disparará uma bola metálica contra a superfície do asteroide, onde fará uma cratera de vários metros de diâmetro. Em seguida, a sonda pousará no buraco e extrairá amostras do subsolo.

Os cientistas da JAXA acreditam que é mais interessante explorar o subsolo do que a superfície do asteroide, que recebe mais impacto de raios cósmicos.

Lançada em maio de 2003, a primeira Hayabusa recolheu mostras do asteroide Itokawa, a 290 milhões de quilômetros da Terra, em setembro de 2005.

Dificuldades de telecomunicações com a sonda, avarias dos motores, baterias e outros equipamentos obrigaram os técnicos usar de inventividade para recuperar o controle e trazê-la de volta com três anos de atraso.

A viagem se transformou numa interminável jornada de sete milhões de quilômetros. E a Hayabusa se converteu para os japoneses no símbolo de sua perseverânça.

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