Ucrânia

Kiev anuncia que Putin e Poroshenko concordam com cessar-fogo no leste da Ucrânia

Após uma série de vitórias, o exército ucraniano perdeu terreno na semana passada ante os separatistas

Da AFP
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Publicado em 03/09/2014 às 6:45
Foto: MIKHAIL KLIMENTYEV / POOL / AFP
Após uma série de vitórias, o exército ucraniano perdeu terreno na semana passada ante os separatistas - FOTO: Foto: MIKHAIL KLIMENTYEV / POOL / AFP
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O presidente russo Vladimir Putin e o ucraniano Petro Poroshenko concordaram com um cessar-fogo permanente no leste da Ucrânia, anunciou o governo ucraniano após uma conversa telefônica entre os líderes.

"O presidente ucraniano conversou com o presidente russo sobre um cessar-fogo total (...) Concordaram com um cessar-fogo em Donbass", afirma um comunicado em referência à bacia de mineração do leste da Ucrânia que inclui as regiões de Donetsk e Lugansk, cenários de combates entre o exército ucraniano e os separatistas pró-Rússia.

Após uma série de vitórias, o exército ucraniano perdeu terreno na semana passada ante os separatistas. Kiev e os países ocidentais denunciam o envio de tropas e armas russas ao leste da Ucrânia para apoiar os insurgentes, o que Moscou nega.

O ministro ucraniano da Defesa, Valery Gueletey, advertiu nos últimos dias para o risco de uma "grande guerra" entre Ucrânia e Rússia, que poderia deixar "dezenas de milhares de mortos".

"Simplesmente precisamos de um alívio", afirmou à AFP uma fonte diplomática em Kiev que pediu anonimato.

De acordo com a mesma fonte, a presidência ucraniana não pretende congelar o conflito.

"Congelar o conflito significaria destruir o país. Poroshenko é consciente disso", afirmou.

O anúncio do cessar-fogo acontece na véspera da reunião de cúpula da Otan, na qual Poroshenko deve se reunir com o presidente americano Barack Obama.

O presidente ucraniano será recebido em 18 de setembro na Casa Branca.

O anúncio também coincide com a visita de Obama a Estônia, na qual o presidente garantirá aos países bálticos, membros da Otan e da UE, o apoio dos Estados Unidos contra uma eventual ameaça russa.

A Ucrânia reativou na semana passada o projeto de adesão a Otan e pediu "ajuda prática" à Aliança Atlântica.

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