Cerca de 700 crianças foram mortas ou mutiladas no Iraque desde o início deste ano, muitos delas usadas em atentados suicidas pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI), informou nesta segunda-feira (8) Leila Zerrougui, representante especial da ONU para a infância e conflitos armados.
"Os jihadistas usam crianças em idade que dificilmente chega a 13 anos para levar armas, manter lugares estratégicos e prender civis (...) Outras crianças participam em ataques suicidas", afirmou Zerrougui em uma sessão do Conselho de Segurança para tratar do tema.
Zerrougui também citou o recrutamento de crianças soldados pelas milícias aliadas ao governo iraquiano, ao mesmo tempo em que acusou o governo iraquiano de prender inúmeras crianças sem motivos claros.
"Estou consternada com o desprezo total pela vida humana demonstrado pelo Estado Islâmico durante seu rápido avanço na Síria e no Iraque", destacou ainda.
Ela falou ainda do efeito terrível que o conflito em Gaza terá sobre as crianças e assinalou que mais de 700 crianças palestinas morreram e 3.106 ficaram feridas ou mutiladas na ofensiva do exército israelense.
Também denunciou os abusos contra crianças na Nigéria pelo grupo islamita Boko Haram, e igualmente na Líbia, Afeganistão, República Centro-africana, Mali e Sudão do Sul.