A Rússia afirmou nesta quinta-feira que se os Estados Unidos realizarem bombardeios contra os jihadistas na Síria sem autorização das Nações Unidas, violarão de modo flagrante o direito internacional.
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"Sem uma decisão apropriada do Conselho de Segurança da ONU, uma iniciativa deste tipo constituirá um ato de agressão, uma violação flagrante (...) do direito internacional", declarou o porta-voz da chancelaria russa.
O presidente Barack Obama advertiu na noite de quarta-feira, em um pronunciamento à Nação, que seu governo está preparado para lançar ataques contra o Estado Islâmico (EI) na Síria, e que vai ampliar as operações aéreas contra os jihadistas.
Obama, que quer entrar para a história como o presidente que acabou com uma década de envolvimento dos EUA em conflitos no exterior, abriu uma nova frente no Oriente Médio, comprometendo-se também a reforçar as forças iraquianas e a aumentar a assistência militar à oposição síria.
Em um discurso transmitido no horário nobre da televisão, Obama disse que o EI, que decapitou dois jornalistas americanos e tomou grandes faixas territoriais no Iraque e na Síria, é um grupo extraordinariamente brutal, mesmo para os padrões de organizações radicais armadas no Oriente Médio.
"Eu deixei claro que nós vamos caçar os terroristas que ameaçarem o nosso país, onde quer que estejam. Isso significa que não hesitarei em ordenar ações contra o Isil na Síria, assim como no Iraque", disse o presidente, usando um acrônimo alternativo para o auto-intitulado Estado Islâmico.